Empreendedora por Profissão

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Muitos profissionais liberais, formados em cursos de graduação considerados tradicionais pela sociedade, sentem constrangimento quando precisam utilizar estratégias mercadológicas para inserir seus serviços como uma oferta diferenciada de negócio ao mercado. Talvez eles não tenham percebido que os tempos do status pelo diploma já ficaram para trás, exigindo um desenvolvimento cada vez rápido das habilidades adquiridas na faculdade na conquista e na manutenção de clientes.

Quem vivenciou esse processo na prática e de forma bem sucedida foi Alaíde da Silva Pereira Vitorino, diretora da Organização Contábil Lawini.

e-mail: alaide@lawini.com.br – Tel.: (11) 5575-9377.

Filha mais velha de uma família humilde, teve que trabalhar desde os 14 anos de idade, prestando serviços para um escritório de contabilidade. Com o passar dos anos, apaixonou-se pelo mundo fascinante e diversificado da atividade que conheceu na prática e, ainda muito jovem, na década de 80, partiu para o estudo das ciências contábeis já tendo montado, em sociedade com uma contabilista, a própria empresa. Em depoimento exclusivo, ela relata essa trajetória comovente de quem venceu as barreiras do tempo e do preconceito por optar por um segmento, ainda hoje, dominado por homens.

ESTRADA DA VIDA 

“A opção pelo próprio negócio na área contábil não foi uma escolha, mas sim uma descoberta natural, pois meu primeiro emprego foi como recepcionista em um escritório de contabilidade. Daí, eu comecei a aprender de tudo, e as paredes nos ensinam muito. No entanto, o lado de fora, que é a repartição pública e os contatos externos, ensina-nos muito mais. Acabei tendo uma visão mais ampla desse conhecimento e, paralelamente, fui estudando à noite e descobrindo que eu gostava daquela profissão. Decidi logo cedo montar meu escritório em uma pequena sala no centro da cidade com apenas dois clientes. Durante os seis primeiros anos, minha sócia ajudou-me muito, porque ela já era contadora formada, além de estar estudando direito, mas toda a execução do trabalho era de minha responsabilidade. Fui conquistando o mercado, trabalhava de dia, à noite, aos sábado e aos domingos. Agarrei com unhas e dentes a minha profissão, a minha empresa e toquei o barco.”

CONFIANÇA

“Hoje, com mais maturidade, percebo que o talento empreendedor estava dentro de mim e eu nem sabia. Desde o início, comecei a trabalhar vendendo confiança, e não contabilidade, essa era a minha estratégia, e meus clientes eram todos homens, porque mulheres empresárias, naquela época, não existiam muitas. Eu sempre deixei bem claro aos meus clientes que o meu interesse ali era um relacionamento muito profissional e impunha os limites. O meu sucesso no lado empresarial foi conquistado realmente pela confiança e pela transparência. Com apenas um ano de empresa, já atendíamos doze clientes, fomos aumentando o trabalho e percebi que não estava mais dando conta do recado. Foi quando passei a admitir pessoas da minha família, principalmente depois da saída da minha sócia do negócio, todos olhando sempre para a mesma direção e assumindo o compromisso de ajudar no crescimento.”

ORIENTAÇÃO

“Para quem está saindo da faculdade, não aconselho partir direto para o negócio próprio, porque precisa ter, além da técnica que se aprende na faculdade, o conhecimento prático. O lado empreendedor está em desenvolver o talento pessoal e a forma de aplicá-lo. Quem tiver o conhecimento prático e souber uni-lo à técnica, participando das entidades de classe, onde todos trocam idéias e experiências, vai seguir por um caminho bem mais fácil e menos arriscado. Além disso, deve-se sempre montar a empresa no papel, fazendo pesquisas de mercado e de público-alvo com o domínio da atividade a ser exercida. Qualquer profissional autônomo pode pesquisar durante dois ou três anos, trabalhando paralelamente como funcionário e tentando trazer à tona o seu lado empreendedor. Dessa forma, a probabilidade de o negócio dar certo é muito maior. O empreendedorismo está no sangue do brasileiro. Todo mundo tem esse dom que, às vezes, está escondido, uma vez que as pessoas têm medo de correr riscos. Todo profissional liberal pode desenvolver essa capacidade e ir em frente.”

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